"A lua tornara-se cúmplice da explosão de paixão que se seguiu. Rodrigo pegou Yana em seus braços, e a levou por entre a cerca viva de flores e cipós, atravessando a areia macia e acolhedora que ficava em torno da pequena lagoa. Lentamente, sem desviar seu olhar dos olhos da amada, ele a pôs no chão e a despiu, deixando cair a faixa de couro que cobria sutilmente seus quadris. Seduzida pela força do amor que transpirava dele, Yana o puxou para si, num abraço desesperado, procurando sua boca numa tensão crescente. Rodrigo tentou mantê-la colada ao seu corpo, enquanto se desfazia de suas roupas. Caiu sobre ela sem parar de beijá-la, firmando suas costas com a força dos músculos do braço. Deitando-a com cuidado sobre a relva macia, admirou os cabelos enfeitados com flores se espalhando como um manto negro, emoldurando o rosto que demonstrava o sofrimento trazido pela paixão reprimida. Ela não era mais uma sacerdotisa cumprindo um ritual: era uma mulher entregue ao homem de sua vida. E ele sentiu sua ânsia de viver esse momento.
-Yo te quiero, te venero, Yana! – Palavras urgentes, olhar devorador, gestos possessivos: a necessidade de possuí-la destruía sua alma.
-Ihé uru-aîhu, Rodrigo! Quero sentir tudo o que esse amor pode me dar - Yana sussurrava, com a voz entrecortada pela emoção.
-Então vem pra mim..."
(em "A Magia do Amuleto")
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