Abrimos nossa caixa de Pandora...
Essa caixa não foi um presente de Zeus, mas construída cuidadosamente por nós. Durante anos de dedicação e anulação perante a vida, fomos pouco a pouco enchendo nossa caixa de lembranças, insucessos, alegrias, esperança, decepções, amores, vitórias, fracassos, vergonha, desistências, desejos, teimosia, saudade... Mantivemos tudo muito bem guardado, mas a rotina de guardar sentimentos se rompeu quando o inesperado não quis participar daquele jogo. E de repente, estávamos em meio a uma explosão de cores, sons, percepções. Foi o despertar. Como se nosso sangue estivesse mais vivo, como se nossos olhos enxergassem mais e os ouvidos escutassem todos os sons do mundo.
Estamos diferentes. E ver a vida com esse brilho nos tornou especiais, talvez um pouco invulneráveis, como se nada mais nos surpreendesse. Não há medo ou apreensão, só a certeza de que estamos aqui, e de que agora é pra valer!
"Abençoa a taça que quer transbordar para que dela emanem as douradas águas, levando a todos os lábios o reflexo da tua alegria."
Assim falava Zaratustra...
Promoção de Natal
4 de ago. de 2009
08/10/2008 - Make off da Magia
Ontem pela manhã, colocamos o livro corrigido no Sedex. Parece até que escrevemos um segundo livro, aliás, parece que foi o vigésimo!!!!! A cada correção, tínhamos a sensação de que poderíamos contar as coisas de uma outra forma, e começávamos a mudar...a mudar... Até que o tempo falou mais alto e nos demos conta de que tínhamos que terminar essa inglória tarefa: corrigir o que nós mesmas escrevemos!
Nesse momento nos deparamos com todos os sentimentos que afloraram em diversas fases no desenrolar da trama - a chatice inicial da protagonista nos deu vontade de matá-la no terceiro capítulo: ao invés de se parecer uma nativa guerreira da Amazônia, assemelhava-se mais a uma Barbie na Inglaterra do século XVII. Nooooooossssssa! O que fazer?
Ei, peraí! Nesse exato instante acabamos de perceber qual foi o nosso maior desafio: a reconstrução da personalidade da protagonista. Só depois de muito discutir, analisar e escrever, conseguimos o que queríamos: uma mulher apaixonada, impedida de viver esse amor para seguir costumes pré-estabelecidos que norteavam sua vida.
O segundo grande entrave foi o vilão: ele não queria ser do Mal. Por mais que tentássemos, ele sempre era o poderoso da cena. Bonito, forte, selvagem, e extremamente s e n s u a l! hahahahaahahahahah Imaginem: como conseguir fazer uma pessoa com estas qualidades não ser o herói? Paramos e falamos abertamente com ele: -Chega! Não saia mais da página, fique no seu papel. E aceite seu destino!!!
E o que vocês achariam se lhes contássemos que o Matias de Albuquerque, sim, aquele mesmo, o governador-geral da capitania de Pernambuco, era um grande amigo do nosso capitão? Ah, isso podia ter acontecido, sim, mas e o dilema? Coloca o nome dele? Só citamos a situação? Ao lerem, vocês entenderão o que dissemos.
Foram tantas indagações, que poderíamos ficar o dia inteiro escrevendo! Na verdade, o único personagem que não nos deu trabalho (e foram mais de 25!) foi o capitão espanhol. Ele nasceu e cresceu pronto para o que quer que escrevêssemos. Que satisfação vê-lo nadar nu na cachoeira de Anavilhanas!!!!! Uma visão que vocês também terão ao ler as páginas do nosso livro.
Até a próxima!
Cristina e Márcia
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Minha'lma de sonhar-te, anda perdida
Florbela Espanca
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver, pois que tu és já toda a minha vida
Não vejo nada assim, enlouquecida
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser, a mesma história tantas vezes lida
Tudo no mundo é frágil, tudo passa
Quando te digo isso, toda a graça
De tua boca bonita fala em mim, de olhos postos em ti, digo de rastro
Podem voar mundos, mover astros
Que tu és como um deus, princípio e fim."
Florbela Espanca
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